top of page

Entre o LEO e o Lions: Onde Nossos Sonhos Continuam

  • lionsclubeelos
  • 10 de jun.
  • 2 min de leitura
Ao lado do Diretor Internacional e ex-LEO Luís Castillo, recebedo o prêmeio de CLEO/CaL mais nova do Distrito LC-2.
Ao lado do Diretor Internacional e ex-LEO Luís Castillo, recebedo o prêmeio de CLEO/CaL mais nova do Distrito LC-2.

Semana passada, me peguei revivendo meu próprio caminho dentro do movimento. Fechei os olhos e voltei àquela primeira reunião LEO, quando tudo era novo e, ao mesmo tempo, parecia casa. A gente sonhava alto, vibrava junto, errava, acertava, fazia por amor. E mesmo nas noites em que a gente carregava cadeira, pendurava faixa ou digitava ofício de última hora, alguma coisa dentro de mim dizia: vale a pena.


Hoje, essa pergunta me visita com mais frequência: que Lions queremos, afinal?


E não é uma pergunta sobre regras, protocolos ou estatutos. É sobre afeto. Sobre permanência. Sobre o espaço que existe (ou não) para quem foi formado pelo movimento, mas chega a uma nova etapa carregando não só crachás e pins antigos, mas histórias, sonhos e cansaços também.


A transição do LEO para o Lions não acontece num clique. Ela acontece no intervalo entre o entusiasmo e a dúvida. Entre o "vem com a gente" e o "será que tem lugar pra mim aqui?".


Não sei exatamente quando começa essa travessia. Mas sei que ela vem cheia de memórias e, às vezes, de silêncios:


Silêncio de quem já fez muito e não foi lembrado.


Silêncio de quem já se doou por inteiro e, mesmo assim, sente que precisa se provar mais uma vez.


É um movimento bonito, sim, mas também exige cuidado. Porque essa não é só uma mudança de grupo. É uma mudança de ritmo, de olhar, de escuta.


O LEO ensina a sonhar; o Lions, muitas vezes, ensina a sustentar. Mas o que a gente precisa agora é de um lugar que integre. Que reconheça o que fomos sem desvalorizar o que somos hoje. Que permita que o novo chegue sem ter que se esconder atrás do velho.


A gente não quer um Lions diferente.

A gente quer um Lions mais vivo.


Um Lions que entenda que maturidade não é calar os mais jovens, mas escutar o que ainda não foi dito.

Que tradição não é uma âncora, mas uma raiz que pode (e deve) sustentar o crescimento.

Que reconhecimento não é prêmio, é presença.


Porque quem já serviu com alegria, com dor, com entrega, merece encontrar um lugar que saiba acolher isso.


E esse lugar começa com escuta. Com espaço real. Com vínculos que não cobram perfeição, mas oferecem caminhada.


O Lions que queremos é aquele onde a trajetória de um companheiro LEO — com toda sua bagagem, com tudo o que viveu, com o tanto que ficou em silêncio — não precise ser esquecida pra começar de novo.


É aquele onde o legado se constrói no coletivo. Onde o tempo é mestre, mas o afeto é caminho. Onde ninguém precisa deixar de ser quem é pra fazer parte.


Afinal, servir nunca foi sobre cargos.

Sempre foi sobre gente.

E a gente só fica onde sente que ainda tem lugar…


CLEO/CaL Bruna Rodrigues

LEO CLUBE SP ELOS & LIONS CLUBE SP ELOS

 
 
 

Comentários


bottom of page