Discurso da Assessora do Cartaz sobre a Paz do Distrito LC-2

"Antes de iniciar meu discurso, quero dizer que ele foi escrito ontem, então saibam que, quando eu citar clubes, escolas, companheiras, companheiros, etc., não terá nenhuma interferência no resultado de hoje. Primeiro, porque ele só será revelado agora, enquanto eu leio para vocês, e segundo, porque não participei do júri, que avaliou os trabalhos somente hoje.

Se neste ano leonístico estou como Assessora do Distrito LC-2 do Concurso Cartaz sobre a Paz, devo isso ao trabalho realizado na coordenação deste projeto em meu clube no ano passado. Por isso, quero agradecer à minha past-presidente Eliane Rosa pela liberdade de ação e apoio irrestrito; às minhas amigas-irmãs Andréia Oliveira e Marina Mazanoff; e às companheiras Pepita Pignocchi e Cristina Ramirez, que me acompanharam na jornada de visitas e atividades.

Agradeço também aos CCA que participaram comigo — um deles, o Xico Esvael, lá da periferia de São Paulo, novamente contribuindo de forma tão especial. Sem essas pessoas, eu não teria o destaque que tive e não seria vista como fui.

Minha gratidão se estende à querida Mariana Zimmermann, que pacientemente me orientou e me acolheu no desenvolvimento da coordenação no clube no ano passado. Foi ela quem viu em mim potencial para sucedê-la, fez minha indicação e passou o bastão. Gostaria muito que ela estivesse aqui hoje. Quando falei com ela sobre sua ausência, ela gentilmente me disse:"Estarei abençoando seu sucesso. Você foi minha escolha... acertadíssima."(Que responsabilidade, né? Meu Deus...)

Mas ela me indicar não bastaria se nosso governador não tivesse dito "sim". E não só por isso lhe sou grata, caríssimo companheiro MJF Christian, mas também pelo apoio e acolhimento de ideias. Muito obrigada!

O que estamos vivendo aqui hoje não seria possível sem a parceria incansável deste companheiro incrível, MJF Raniere Pontes. Se está tudo tão organizadinho assim e se não pirei, devo muito a você.

Neste momento, quero compartilhar com vocês a minha alegria. Sabe aquela sensação de dever cumprido? Sim, é assim que estou me sentindo. Descobri no Concurso de Lions Internacional sobre a Paz uma verdadeira paixão, e vou contar para vocês alguns motivos que aquecem essa paixão.

Num dos CCAs em que trabalhei com o Cartaz, ouvi o seguinte:"Depois que as crianças participaram pela primeira vez do concurso, nós instituímos um Concurso do Cartaz sobre a Paz como atividade do cronograma daqui. A cada mês colocamos um tema em discussão, e hoje as crianças têm mais vontade de vir pra cá, elas sugerem temas, promovem debates, e o absenteísmo caiu em mais de 30%."

Uma criança de outro CCA chegou até mim e disse:"Tia, no ano que vem eu faço 11, daí já posso participar, né? Eu já tô treinando aqui e lá em casa. Meu pai me ajuda."

Ontem, na premiação do clube em Valinhos, vi crianças entusiasmadas com seus desenhos. Uma delas me pediu para tirar uma foto para ela mandar para a mãe, que mora em Pernambuco. Ela disse:"Preciso mostrar pra ela. Ela ainda não viu, mas já tá orgulhosa de mim."

Na quinta-feira, em Boituva, o Secretário da Educação da cidade, Luís Eustáquio Gianotti, prestigiava o evento e foi abordado por uma participante do Cartaz com o seguinte pedido:"Secretário, estou participando do concurso e, para a faculdade que eu quero fazer, vou precisar saber inglês. Será que você consegue uma bolsa pra mim?" Ele prontamente se dispôs a encontrar uma escola e oferecer a formação em inglês para ela.

Em Itu, tive a grata surpresa de ver um lindo cartaz que, apesar de não cumprir os requisitos de participação por conta da idade do autor — 14 anos —, estava exposto. Foi feito por uma criança autista que, mesmo sabendo que não iria concorrer, quis participar. Lá estava ele, feliz, acompanhado de seus familiares cheios de emoção e orgulho.

Vocês assistiram ao filme Um Sonho Possível? Lembram da cena em que a Sandra Bullock leva o rapaz que acolheram da rua para um quarto e arruma a cama para ele? Ele, espantado, diz:"Eu nunca tive isso."Ela responde: "Um quarto?"E, para nossa surpresa, ele diz: "Não, eu nunca tive uma cama."

Pois foi mais ou menos isso que o companheiro MJF André Cazaroto compartilhou comigo. Ele contou que, no primeiro concurso promovido por seu clube, um pai de uma criança disse:"Foi a primeira vez que nossa família fez isso."André perguntou: "Um cartaz?"E a resposta foi igualmente impactante:"Não, foi a primeira vez que nossa família se reuniu para falar de paz."

Poderia citar muitos outros momentos incríveis, mas, para resumir: tudo isso prova que este concurso tem o poder de devolver sonhos, de reunir famílias e de promover reflexões saudáveis e necessárias sobre algo tão crucial quanto a paz no mundo.

Minha amiga Marina Mazanoff tem uma frase que eu amo:"Muito se diz sobre que mundo deixaremos para nossas crianças, e eu pergunto: que crianças deixaremos para o mundo?"

Este concurso é uma linda oportunidade de trabalhar com nossas crianças para construirmos um mundo melhor, um mundo de paz. Isso me dá esperança e me faz muito feliz.

Por fim, o dia de hoje foi pensado especialmente para oferecer às crianças, que tão brilhantemente aceitaram o desafio de participar deste concurso, um dia mágico.

Não sei quantos de vocês já tiveram a oportunidade de visitar uma instituição de lazer e cultura como o SESC, com suas exposições, bibliotecas e espaços de brincar. Hoje, além de visitar tudo isso, vocês são as grandes estrelas deste auditório com seus belíssimos cartazes.

Parabéns a todos os professores e coordenadores.

Parabéns, crianças!"

CaL Patricia Claudia Pereira

Assessora do Cartaz da Paz

Distrito LC-2

AL 2024/2025